BRASÍLIA - Em busca da credibilidade perdida na área fiscal, o governo Dilma Rousseff decidiu fechar o cofre até mesmo em projetos sociais, tema central para o PT. Nesta terça-feira, 29, o governo conseguiu derrubar um dos pontos mais importantes do projeto de lei que altera as regras do programa Super Simples, que simplifica o regime tributário para micros e pequenos empresários. Inicialmente, o projeto do deputado Claudio Puty (PT-PA) previa um reajuste de 20% no teto de faturamento dos beneficiários do programa, dos atuais R$ 3,6 milhões para R$ 4,2 milhões por ano. Puty recuou, de última hora, neste ponto, que acarretaria renúncia fiscal no ano que vem.
Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, o
governo trabalhava com o veto presidencial a essa medida, e também à inclusão
de 232 categorias de autônomos, como
corretores de imóveis, advogados e médicos no regime do Super
Simples. Os vetos, no entanto, seria ruim politicamente para a presidente
em ano eleitoral. Ao final de longas negociações, um acordo foi fechado, que
incluiu o abandono da ideia de ampliação em 20% do teto de faturamento, em
troca do compromisso que Dilma sancionaria a inclusão dos segmentos hoje
excluídos do Simples.
JOÃO VILLAVERDE E RICARDO DELLA COLETTA - Agencia Estado